As abelhas sem ferrão (ASF), também conhecidas como meliponíneos, fazem parte de um grupo nativo da América Latina e são protagonistas silenciosas na manutenção dos ecossistemas brasileiros. Estima-se que existam mais de 300 espécies dessas abelhas no país, como a uruçu, mandaçaia, jandaíra e tubi, entre outras.
Diferente da abelha europeia (Apis mellifera), que possui ferrão, as ASF são dóceis, podendo ser manejadas com mais segurança, inclusive em espaços urbanos e educativos. Mas seu papel vai muito além da convivência tranquila: são polinizadoras essenciais, contribuindo para a reprodução de plantas nativas e o equilíbrio dos biomas, além de aumentarem a produtividade de frutas, legumes e hortaliças.
Meliponicultura: tradição, renda e conservação
A prática da meliponicultura — a criação racional de abelhas sem ferrão — é uma atividade sustentável, de baixo impacto ambiental e com forte vínculo cultural. Ela possibilita que comunidades rurais e urbanas produzam mel, própolis, geoprópolis e pólen com qualidade e valor agregado.
O mel das ASF, embora produzido em menor quantidade, é altamente valorizado por seu sabor único, composição diferenciada e propriedades funcionais. Isso o torna uma alternativa promissora para geração de renda, especialmente quando associado à produção artesanal e ao consumo consciente.
O projeto Inovabelha apoia a meliponicultura através de formação técnica, oficinas práticas e serviços de análise, integrando a universidade às necessidades dos produtores e da sociedade.
